Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da Segurança Pública
Início do conteúdo

Seminário estimulou gestores públicos a buscarem um trânsito de qualidade nas cidades

Publicação:

Seminário estimulou gestores públicos a buscarem um trânsito de qualidade nas cidades
Seminário estimulou gestores públicos a buscarem um trânsito de qualidade nas cidades - Foto: CETRAN

Voltado predominantemente aos municípios, o seminário O trânsito que queremos – ações e perspectivas debateu quarta (05) soluções na área de fiscalização, comportamento, qualidade de vida e educação para o trânsito. Promovido pelo Conselho Estadual de Trânsito (Cetran/RS) e pela Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, da Assembleia Legislativa do RS, o evento aconteceu no Plenarinho.

Na abertura, a presidente da Frente Parlamentar, Liziane Bayer, explicou que o propósito para 2017 é ampliar o debate, inserindo a comunidade nas discussões para mobilizá-los. “Estamos convidando os vereadores a criar frentes parlamentares nas câmaras municipais, como uma forma de aproximar mais os municípios dessa pauta”.

O presidente do Cetran/RS, Luiz Noé, que conduziu os trabalhos do evento, contou sobre o projeto do Conselho, que está levando as discussões sobre trânsito para as Universidades e também a necessidade de se levar educação para o trânsito às escolas. “Hoje a formação de condutores no RS é referência no Brasil, mas o jovem já chega no CFC com a sua concepção de mundo formada. Temos que trabalhar com ele antes disso”.

Responsável pelo órgão que julga recursos de infrações de trânsito em segunda instância, Noé também criticou a “cultura do recurso”. “A impunidade está presente na cultura do trânsito. No ano passado, foram 36 mil processos no Cetran/RS, muitos na tentativa de empurrar com a barriga a penalidade para alguma infração”.

Fiscalização
Aposentado, após uma vida dedicada ao trânsito, o ex-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, falou nos custos dos acidentes de trânsito para a cidade, o Estado, o País. “Não é só a família que sofre com a perda de uma pessoa no trânsito. Toda a sociedade é afetada”.

Capellari ressaltou a importância da fiscalização e o desafio de mudar a cultura de que fiscalizar é impopular. “Quando se diz que o prefeito vai perder votos ao aplicar a lei, temos um grande problema. O desafio da sociedade é compreender que a fiscalização é necessária para controlar o comportamento inadequado que vai gerar o acidente”.

Comportamento e educação
Aurinez Rospide, do Instituto de Psicologia do Trânsito, ofereceu algumas orientações sobre como mudar comportamentos no trânsito. “Primeiro é preciso saber qual comportamento queremos mudar, o que é mais importante ser feito na região, analisando as especificidades locais. Depois, fazer campanhas direcionadas (não adianta querer mudar tudo de uma vez) pensando a médio e longo prazo. E, por fim, avaliar os resultados.”

A psicóloga lembra que é preciso também ampliar a concepção de trânsito do gestor. “Se a única ação da área de trânsito é tapar buracos, está faltando compreender melhor que trânsito não é só carro, são pessoas transitando das mais diversas formas”. Equipes qualificadas e trabalho integrado entre as diversas áreas também foram apontadas pela painelista como fatores fundamentais para um trabalho bem sucedido nessa área.

No último painel, o Cel. Ordeli Savedra Junior falou sobre o Maio Amarelo e convidou os municípios a se engajarem no movimento, que todo ano, no mês de aniversário da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, busca chamar a atenção da sociedade para o número inaceitável de mortes no trânsito no Brasil e no mundo.

Mais notícias

Conselho Estadual de Trânsito - CETRAN RS