Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da Segurança Pública
Início do conteúdo

Porto Alegre e região discutem o trânsito que desejam para o futuro

Publicação:

Porto Alegre e região discutem o trânsito que desejam para o futuro
Porto Alegre e região discutem o trânsito que desejam para o futuro - Foto: CETRAN

“Vamos falar com os cinco candidatos ao governo do Estado mais bem colocados nas pesquisas para comprometê-los com a causa da segurança no trânsito”. Com essa proposta, o presidente do Cetran/RS, Luiz Noé, encerrou no final da manhã desta quinta-feira, 24, a audiência pública que reuniu comunidade do trânsito e público em geral da Capital, Região Metropolitana, Vale do Sinos e Litoral Norte.

O evento atende à lei federal 13.614/18, que instituiu o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), cujo objetivo é reduzir pelo menos à metade, em dez anos, o índice de mortes no trânsito em relação a 2018. O resultado das audiências será encaminhado ao Contran, com o objetivo de propor e implementar políticas públicas baseadas nas demandas da sociedade.

O governador José Ivo Sartori abriu o encontro ampliando a questão que serve de provocação ao evento: em vez de perguntar que trânsito queremos, propôs que nos perguntemos que Rio Grande do Sul queremos. Para ele, a violência que vemos no trânsito é a mesma que vemos em outros aspectos da vida; portanto, para evoluirmos, é necessário mudar o estado de espírito das pessoas, mediante respeito mútuo e sobretudo maior valorização da vida.

O presidente Luiz Noé fez um histórico dos problemas atuais do trânsito, citando o crescimento da frota desde os anos 50 e passando pela opção do governo JK pelo modal rodoviário. Lembrou a concentração demográfica nos centros urbanos e as questões de infraestrutura envolvida: “o desafio é trabalhar com o caos presente, planejando o futuro. Daí a importância de espaços de discussão, tais como as audiências públicas que estamos promovendo”.

Beto Albuquerque, que quando deputado federal propôs a lei que embasa o Pnatrans, lembrou que a Década Mundial pela Segurança no Trânsito, instituída pela ONU em 2011 e da qual o Brasil é signatário, já se encontra em seus últimos anos, sem que tenham sido tomadas medidas efetivas em nível nacional. Acreditando na importância da fiscalização, citou os exemplos da França e da Espanha, países que, abordando anualmente mais de 50% das suas frotas, reduziram a acidentalidade em 70% desde o início da Década. “A lei será uma ferramenta útil, se obtiver a adesão da sociedade”.

O diretor-geral Paulo Kopschina reforçou a ideia de responsabilidades conjuntas: “o Estado deve ser atuante, ampliando suas ações, e a sociedade precisa deixar claro que não há mais espaço para excessos e imprudências: todos precisam conhecer as consequências de suas decisões e colocar-se no lugar do outro”.

Após as manifestações das autoridades, foram feitas apresentações pelo DetranRS, PRF, CRBM, Instituto Zero Acidente, Secretaria Municipal da Saúde e EPTC. Representando a Autarquia, o colega Maiquel Veloso (AssTec) trouxe dados estatísticos da acidentalidade em POA e região metropolitana, e a colega Laís Silveira (DivEduc) apresentou os principais “produtos” da Divisão, como Programa de Formação Inicial e Continuada em Educação para o Trânsito – FIC, cursos EAD da EPT e instrumentalização dos multiplicadores. Confira as apresentações do Maiquel e da Laís.

Além dessa audiência pública e das demais que estão sendo promovidas pelo interior do Estado, o Cetran/RS, com apoio do DetranRS, disponibilizou um hotsite com um breve questionário, para que a população gaúcha possa participar ativamente do processo. São cinco perguntas essenciais para traçar o diagnóstico do trânsito do Estado. E você, já respondeu o questionário?!

Mais notícias

Conselho Estadual de Trânsito - CETRAN RS