No primeiro mês após a intensificação da Operação Balada Segura, 1.299 mil veículos foram abordados pela fiscalização e 1.171 mil (90%) condutores submeteram-se ao teste do bafômetro. Daqueles que fizeram o teste, 991 (85%) não registraram a presença de álcool no sangue e foram liberados.

Neste período, 208 condutores foram autuados por embriaguez ao volante, sendo 128 por recusa a realizar o exame do bafômetro. Vinte e oito condutores estavam com nível de álcool no sangue que o Código de Trânsito Brasileiro caracteriza como crime de trânsito. Esses, além da multa de R$ 957,65 e do processo de suspensão do direito de dirigir, responderão processo criminal.  Os 10% que se recusaram a fazer o teste (dispensando a oportunidade de provarem não ter consumido álcool), ficam sujeitos às mesmas penalidades que o motorista alcoolizado: multa e suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

A nova fase da Balada Segura, que foi lançada em 27 de setembro, caracteriza-se pela ampliação dos dias de atividade (são realizadas blitze de quarta a sábado), aplicação do bafômetro em todos os motoristas abordados, e identidade visual própria. Além das autuações por embriaguez, os agentes autuaram outros 417 veículos por infrações diversas (125 foram removidos a depósito) e recolheram 224 CNHs.

O projeto piloto da operação iniciou-se em 4 de fevereiro com a união de esforços do Detran/RS, EPTC, Polícia Civil e Comitê Estadual de Mobilização pela Segurança no Trânsito  para combater a alcoolemia no trânsito. Nesta 1ª fase, as blitze eram realizadas nas madrugadas dos finais de semana e somente os condutores com suspeita de embriaguez eram submetidos ao bafômetro.

Vanderlei Cappellari, Diretor-Presidente da EPTC, afirma que as ações terão continuidade para uma maior segurança da população: “Os dados da acidentalidade do trânsito no Brasil são assustadores. No ano passado morreram 40 mil pessoas (dados do Ministério da Saúde), cerca de 111 por dia. É um avião que cai, diariamente. Temos que mudar esta realidade, já que muitos acidentes acontecem em razão do consumo de álcool, excesso de velocidade e outros tipos de imprudências. As blitze  terão continuidade, inclusive envolvendo as motos, um segmento que  tem apresentado elevado índice de acidentes”.

Além da ampliação do número de equipes em Porto Alegre, o projeto de lei que vai transformar a Balada Segura em política permanente do Estado e levar a experiência para outros municípios foi protocolado pelo Vice-Governador, Beto Grill, na Assembléia Legislativa em 20 de outubro.  “Tenho certeza que não vai haver resistência para aprovação do PL. O combate a alcoolemia, onde se insere a Balada Segura, é unanimidade entre as instituições do Estado”, avalia Alessandro Barcellos, Presidente do Detran/RS.

Texto: Mariana Tochetto/DETRAN/RS